terça-feira, 14 de julho de 2009

PRÁTICAS DE LINGUAGEM ORAL E ALFABETIZAÇÃO INICIAL NA ESCOLA: PERSPECTIVA SOCIOLINGUÍSTICA (Erik Jacobson)


O texto articula sobre a aquisição da escrita e leitura a partir de diferentes contextos, sendo estes regionais, nacionais ou simplesmente culturais. São inúmeros os contextos sociais e culturais que os alunos trazem consigo como bagagem, bagagens estas, que não podem ser desprezadas, pois embora alguns não estejam “devidamente enquadrados” a norma culta, não significa dizer que estão errados. É necessário que o professor tenha a sensibilidade de perceber estas diferenças e utilizar das múltiplas alfabetizações para auxiliar o seu trabalho pedagógico. Por exemplo, no processo de imigração, há muitas palavras que são cognatas da língua portuguesa, e outras que originaram palavras, isso pode ser usado para aproximar filhos de estrangeiros de nossa realidade vice-versa com os brasileiros também. Para os de regiões brasileiras diferentes entre si, pode-se a partir daí trazer para o conhecimento, de todos, palavras desconhecidas para uma maioria, através de teatrinhos, esketes e etc, que visem valorizar e aproximar as culturas. Para alunos de classe social diferente, por exemplo, de uma classe mais abastada, este aluno terá uma oralidade diferenciada da do coleguinha de classe social menos favorecida, mais isso não significará que os níveis de aprendizagem se encontram em desalinho, pois ele aprenderá no tempo certo através dos mecanismos que dispõe, a exemplo, temos no texto: “ Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem” ( Emilia Ferreiro), em que Victor (de 5 anos e meio, favelado) argumenta que o cartão atribuído a uma espiga de milho, não é adequado para o homem, porque se o colocarmos perto da figura de um homem “ ele se chamará milho” . Isso significa dizer que ele relaciona o objeto ao nome, ele acredita que as palavras traduzem o a figura na integra sempre.
É preciso que o professor se torne investigador, para que ele possa não só dê continuidade ao processo de letramento, mas também possibilite a inclusão dos alunos no ambiente escolar.
Em nossa realidade, alunos oriundo das classes menos favorecidas em sua maioria, moradores da baixada fluminense, que em sua formação acadêmica de ensino infantil, fundamental e média, estudaram em escolas pública sucateadas e entregue a greves constantes, sem o incentivos, muitas vezes da família, que prioriza o trabalho processe para o auxilio e/ou complementação da renda familiar, forjados em uma alfabetização do " b+a+ba" e "vovô viu a uva", propensos a nos tornarmos analfabetos funcionais, vencemos os obstáculos pondo fim no hiato que se fazia entre o ensino médio e o ensino superior com ralação a acessibilidade.

Um comentário:

  1. Ficou boa sua reflexão, porem, poderia ter aprofundado mais e feito relações com a realidade...

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