terça-feira, 14 de julho de 2009

Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação da escrita da linguagem ( Emilia Ferreiro)

Através do estudo dos processos que envolvem a aquisição leitora podemos distinguir três tipos de problemas significativos na aprendizagem de leitura: as crianças que encontram dificuldades para aprender a ler, as crianças que lêem de forma passiva e as crianças que têm dificuldades na compreensão. Nesto texto vemos o processo de aquisição do sistema alfabético de escrita tem sido considerado como aprendizegem de um código de transcrição de sons e grafemas. Assim sendo, os processos psicológicos envolvidos eram de caracter perifárico: descriminação visual e auditiva, coordenações sensoriais e motoras e etc. Há poucos anos essa visão de sido mudada significativamente e se passou a considerar que existe um conhecimento linguinstico prévio que as crianças trazem consigo. Agora as produções escritas da criança adquirem um novo significado, merecendo ser interpretadas e aceita como escritas verdadeiras, embora se apresente fora dos padrões do sistema alfabético. Muitas crianças chegam à escola com o que se pode chamar de “confusão cognitiva”, ou seja, um estado de não-compreensão e diferenciação tanto das propriedades formais de escrita como dos objetivos da leitura. É esse estado de confusão, quando evoluído, que gera o boom da aprendizagem leitora, pois assim as crianças vêem de forma mais clara os conceitos funcionais e as características alfabéticas da linguagem escrita.
A assimilação dessa conversão grafema-fonema pode ser realizada através de leituras e analogias de diversas palavras, treinando a nomeação de letras, segmentação de silabas, jogo de ritmos, troca de fonemas (bola, cola, mola...), pois o conhecimento ortográfico aumenta a rapidez da leitura de palavras (apóia o processo de leitura).
O professor precisa mostrar as diferenças quantitativas e qualificativas nas articulações das letras, mostrando a diferença de sons que cada letra pode ter em diferentes palavras (casa (k) cidade(s)). Para isso podem usar textos com imagens títulos sugestivos, realizar um diálogo para ampliar a visão dos alunos a respeito da atividade a ser realizada, apresentar um vocabulário das palavras menos conhecidas para contar com o significante e significado auxiliando na compreensão leitora.
Relacionar o conhecimento oral com o escrito para dominar a leitura, interagindo e obtendo conhecimentos para identificar e nomear letras, discriminar significados de vocabulários. Em primeiro momento realizar a leitura silenciosa para eles terem o contato com o texto e com as palavras, ativando a concentração, destacando as possíveis duvidas para que no memento da leitura em voz alta já haja mais segurança e clareza.
O professor deve prestar assistência no caso de duvidas, e trabalhar com vários tipos de texto (narrativo, informativo, poesia...) lidando com as palavras desconhecidas até que os alunos adquiram competências básicas de decodificação para ler o texto e compreender que mensagem ele possui. Vejamos a seguir os níveis alfabéticos:


PRIMEIRO NÍVEL → PRÉ-SILÁBICO I

NESSE NÍVEL O ALUNO PENSA QUE SE ESCREVE COM DESENHOS. AS LETRAS NÃO QUEREM DIZER NADA PARA ELE. A PROFESSORA PEDE QUE ELE ESCREVA "BOLA", POR EXEMPLO, E ELE DESENHA UMA BOLA.

SEGUNDO NÍVEL → PRÉ-SILÁBICO II
O ALUNO JÁ SABE QUE NÃO SE ESCREVE COM DESENHOS. ELE JÁ USA LETRAS OU, SE NÃO CONHECE NENHUMA, USA ALGUM TIPO DE SINAL OU RABISCO QUE LEMBRE LETRAS.NESSE NÍVEL O ALUNO AINDA NEM DESCONFIA QUE AS LETRAS POSSAM TER QUALQUER RELAÇÃO COM OS SONS DA FALA. ELE SÓ SABE QUE SE ESCREVE COM SÍMBOLOS, MAS NÃO RELACIONA ESSES SÍMBOLOS COM A LÍNGUA ORAL. ACHA QUE COISAS GRANDES DEVEM TER NOMES COM MUITAS LETRAS E COISAS PEQUENAS DEVEM TER NOMES COM POUCAS LETRAS. ACREDITA QUE PARA QUE UMA ESCRITA POSSA SER LIDA DEVE TER PELO MENOS TRÊS SÍMBOLOS. CASO CONTRÁRIO, PARA ELE, “NÃO É

PALAVRA, É PURA LETRA”.

TERCEIRO NÍVEL → SILÁBICO

O ALUNO DESCOBRIU QUE AS LETRAS REPRESENTAM OS SONS DA FALA, MAS PENSA QUE CADA LETRA É UMA SÍLABA ORAL. SE ALGUÉM LHE PERGUNTA QUANTAS LETRAS É PRECISO PARA ESCREVER “CABEÇA”, POR EXEMPLO, ELE REPETE A PALAVRA PARA SI MESMO, DEVAGAR, CONTANDO AS SÍLABAS ORAIS E RESPONDE: TRÊS, UMA PARA “CA”, UMA PARA “BE” E UMA PARA “ÇA”

QUARTO NÍVEL → ALFABÉTICO

O ALUNO COMPREENDEU COMO SE ESCREVE USANDO AS LETRAS DO ALFABETO. DESCOBRIU QUE CADA LETRA REPRESENTA UM SOM DA FALA E QUE É PRECISO JUNTÁ-LAS DE UM JEITO QUE FORMEM SÍLABAS DE PALAVRAS DE NOSSA LÍNGUA.


QUINTO NÍVEL:
COMPREENDE QUE A ESCRITA TEM UMA FUNÇÃO SOCIAL: A COMUNICAÇÃO;
COMPREENDE O MODO DE CONSTRUÇÃO DO CÓDIGO DA ESCRITA;
CMPREENDE QUE CADA UM DOS CARACTERES DA ESCRITA CORRESPONDE A VALORES MENORES QUE A SÍLABIA;
CONHECE O VALOR SONORO DE TODAS AS LETRAS OU DE QUASE TODAS;
PODE AINDA NÃO SEPARAR TODAS AS PALAVRAS NAS FRASES;
OMITE LETRAS QUANDO MISTURA AS HIPÓTESES ALFABETICA E SILÁBICA;
NÃO TEM PROBLEMAS DE ESCRITA NO QUE SE REFERE A CONCEITOS;
NÃO É ORTOGRAFIA NEM LÉXICA.

Um comentário:

  1. Sua reflexao apresenta algumas passagens bastante " confusas" e incoerentes com as ideias do texto.
    Ex:
    " Frente aos problemas relacionados a casos de dislexia. A intervenção nas dificuldades de aprendizagem de leitura ocorre em diversas fases que variam conforme a possível origem do problema aquisitivo.
    Através do estudo dos processos que envolvem a aquisição leitora podemos distinguir três tipos de problemas significativos na aprendizagem de leitura: as crianças que encontram dificuldades para aprender a ler, as crianças que lêem de forma passiva e as crianças que têm dificuldades na compreensão" Este trecho esta bastante confuso... O texto nao trata de problemas de dislexia...

    ResponderExcluir