quarta-feira, 17 de junho de 2009

cessos Iniciais de Leitura e Escrita (Rosineide Magalhães de Sousa)

Venho por meio desta posta reflitir sobre o texto " Processos iniciais de leitura e escrita", que objetiva contribuir para a formação continuada de professores no inicio da alfabetização, através da discussão da variados temas, métodos, recursos didáticos a serem utilizados pelos mesmos no processo de alfabetização. A escola tradicional do passado, de " cuspi giz" , lousa, relação unilateral entre professor-aluno (detentor do conhecimento), sala de aula silenciosa, com alunos de cabeça baixa, preocupada com a disciplina, utilizando a praxis pedagógica da "decoréba"e repetidora de conteúdos, ainda faz parte da nossa realidade. A escola de ontem e que continua sendo aquela que está em uso nos dias de hoje na maioria das cidades do País e em várias partes do mundo. E, creiam, continuará ainda a ser a dura realidade pela qual terão que passar milhões de estudantes. Faltam então as inovações tecnológicas? Computadores e internet seriam a resposta adequada? Precisamos equipar as escolas com modernos “gadgets” (termo usado pelos especialistas em tecnologia para falar sobre os recursos eletrônicos incorporados ao cotidiano), como câmeras digitais, notebooks, redes wireless, scanners e tantos outros instrumentos de alta tecnologia para que surja a escola do futuro? Ou será que nos faltam revolucionários métodos de ensino que estimulem o processo de ensino-aprendizagem, gerando verdadeiro interesse e participação dos estudantes? Neste caso, seriam necessários também materiais didáticos inovadores e o preparo dos professores para seu uso, não é mesmo? Talvez a resposta esteja na melhoria das relações entre professores e alunos. Quem sabe um aprofundamento em psicologia e relações humanas para os docentes acabe promovendo um intercâmbio, uma ponte bem constituída para a efetivação da educação nas salas de aula brasileiras. Ou melhorar a qualidade do trabalho dos gestores das redes e escolas brasileiras. Se tivermos por parte dos gestores maior foco e cobrança - tanto em relação a eles quanto deles sobre os professores e demais profissionais da escola -, planejamentos e execução meticulosa de projetos educacionais, iremos obter melhores resultados nas salas de aula. Há também os que pensam ser indispensável aumentar a participação dos pais na vida escolar dos filhos, não apenas na questão das notas, mas também conhecendo os professores, participando de eventos, etc..


Quem sabe a ideia da aproximação entre educação e cultura para que ocorra um aprendizado lúdico, diferenciado, verdadeiramente estimulante aos olhos dos estudantes e mesmo dos professores, seja a solução? Como por exemplo o cinema na escola, teatro, artes plásticas, música, dança e literatura deveriam ser colocados em pauta e transformados em meios e recursos para tornar nossas salas de aula locais em que a aprendizagem realmente acontece. Não podemos ignorar os esforços que já estão sendo realizados para “mensurar” a educação e permitir que, através das informações coletadas, possamos entender os dilemas de nosso sistema educacional para resolver seus problemas. Não existe uma fórmula pronta, uma " receita de bolo", mas sabe-se que agregando as teorias pedagógicas já existentes, a absorvendo delas o seu melhor, junto com uma leitura da realidade e pesquisas no campo da educação, através dos recursos técnológicos e metodoligias atuais, as chances de se fazer um trabalho melhor aumentam infinitamente. É preciso então estar atento, se tornar um professor pesquisador, trabalhando em equipe, sempre que possivel, utilizando por exemplo da interdisciplinalidade para otimizar o seu trabalho.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Oralidade e escrita - perspectivas para o ensino de língua materna


Eu abro essa discussão sobre o texto com uma análise acerca de quem seria a responsabilidade de ensinar a fala, discussão esta estabelecida entre os autores no referido texto. Por muito tempo a escola, culturalmente dizendo, foi estigmatizada como sendo somente responsável pelo ato de escrever, cabendo, portanto, à família a tarefa de ensinar a fala.

Com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais, "
o domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Por isso, ao ensiná-la, a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos". Assim sendo, é importante que a criança receba uma educação adequada às diferentes situações comunicativas para que a mesma possa se utilizar dos mecanismos de comunicação de maneira clara e satisfatória.

Acho importante ainda salientar com relação à simetria da fala - o
s interlocutores possuem o mesmo direito de ter a palavra e de escolher o assunto - e à assimetria da fala - onde um dos interlocutores garante o privilégio da fala. Pois isso caracteriza a organização do diálogo, bem como as ferramentas a serem utilizadas na conversação, tais como: assunto, situação, papéis dos participantes, modo do discurso e meio do discurso. Uma vez de posse desses mecanismos de conversação é possível estabelecer uma comunicação adequada.




domingo, 14 de junho de 2009

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Contextos de Alfabetização na aula (Ana Teberosky e Núria Ribeira)

Gostei desse texto porque ele explicita dentro dos contextos de alfabetizações as inumeras situações em que a criança tem acesso ao universo e materiais de leitura e escrita nas diversas possíbilidades em que isso é possível. Exemplo: na manipulação de jornais, revistas, cartas, rótulos e etc, isso fora do processo formal de educação, e ainda mesmo antes de seu primeiro contato com uma escola. Em casa, com os pais, parentes em geral, colegas, vizinhos, em lugares como clínicas pediátricas, shoppinings e etc. Existem algumas passagens do texto que me chamaram a atenção, de maneira que pude fazer "ganchos" com outras fontes de informação e conhecimento, como no trecho: Contexto de escrever em "voz alta", ditando a um adulto, produzindo textos extensos e participando na produção gráfica, quando o adulto faz as vezes de "escriba". Dai sugiu a idéia de "lincar" com a cena do filme "Central do Brasil", em que o menino após perder sua mãe em uma fatalidade de transito, solicita a personagem da atriz Fernanda Monte Negro que escreva-lhe uma carta.
O vídeo acima complementa a postagem do texto: Contextos de Alfabetização na aula (Ana Teberosky e Núria Ribeira)







Este vídeo ainda serve de complemento ao texto: Contextos de Alfabetização na aula (Ana Teberosky e Núria Ribeira), pois faz um "gancho" com o trecho do texto em "contexto de imitar a leitura, produzir escritas..." A manipulação de textos e leitura dos mesmos por partes da criança, mesmo antes da alfabetização, ou seja, há casos em que a criança nem teve sequer contacto com a escola, ou ainda entrou no processo de alfabetização, contudo ela de posse de um livro, um recorte de revista e/ou jornal, observa as figuras e imagina ou tentar produzir uma interpretação para aquelas gravuras como se estivesse lendo aquelas paginas. Neste filme há diversos momentos em que isso ocorre, esta cena, em particular, escolhi, por retratar a criança rural, pobre, e com pais analfabetos e que não dão importância a necessidade da criança se educar, ao contrário,as mesmas reprimem totalmente esta perspectiva. O texto revela que mesmo estas crianças, não são tábula rasa, eles tem uma bagagem cultural empirica a contribuir, pois estes presenciam estórias de rodas, cantigas, festas típicas da região, técnicas de láboro, que estão associadas a sua realidade, e que podem ser aproveitada e/ou adaptada a algum tipo de trabalho pedagógico, onde a mesma se sinta acolhida pela escola, valorizada e acima de tudo inclusa.


Tópico ou assunto: Estes são responsáveis por estabelecer o canal de comunicação entre os participantes do diálogo, cuidando da manutenção das relações sociais.



Situação: é o contexto ou o momento da conversação, esta mantém o canal de comunicação entre os participantes do diálogo. Sendo esta ainda, passível de modificação na conversação, já que os participantes precisam estar atentos a atitudes verbais e não verbais.



Os papéis sociais: É a função que o falante exerce na conversa. Que são estabelecidos os posicionamentes de acordo com a situação vivida. Em uma sala de aula, por exemplo, você irá usar termos diferentes de uma conversa de bar. Os papéis se alteram conforme os turnos deixando claro o utilização da fala de cada interlocutor, ou seja, a fala pode expressar domí­nio, autoritarismo, democracia etc.



O modo do discurso: É a formalidade ou a informalidade usada de acordo com a intenção da apresentação do discurso.

O meio: É a forma como a comunicação é transmitida. Bilhetes, e-mails, cartas, telefonemas são exemplos de diferentes meios (canais) de comunicação.
Manipular e olhar os textos: Que podem ser jornais, livros, cartas, rótulos. etc. e de relação entre ações e objetos, pois os textos têm função social, por exemplo, livros com ilustrações são para olhar e ler; dicionários são para consulta de palavras e significados; cartas são para ler e serem respondidas; etc. Assim, as crianças verão que não há apenas conteúdo e que eles podem se apropriar dos objetos de leitura produzindo também textos, já que eles irão verificar as diferenças entre eles.

· Observar as ações dos adultos: Olhar um livro com ilustrações; consultar o jornal para saber a programação da TV; a agenda telefônica; o manual de montagem de um aparelho; enciclopédias; livros de contos; quadrinhos; etc. O adulto pode explorar os elementos da ilustração questionando-a, além de criar o hábito da leitura, a criança trabalha a inferência, análise, a interpretação( cor, texturas, tamanho, posição, etc.) e compreensão do texto. Assim a criança percebe que a escrita é um processo de interação com o outro e o professor é o mediador desse processo.

· Escultar a leitura em voz alta feita pelo adulto: Favorece atividades participativas através do diálogo, isto propicia à aprendizagem além de aumentar o vocabulário. Devemos também usar essas novas palavras no dia-a-dia da criança tanto na escola como em casa para que ela insira de maneira significativa a nova palavra no seu vocabulário.
· Escrever em "voz alta", ditando ao professor: O professor ou os pais servem de "escriba" para a criança produzir textos, participar da produção, já que ela sabe as diferenças entre a linguagem escrita e oral antes de se apropriar da leitura e escrita, poder também expressar seus pensamentos, sentimentos, analisar a linguagem que utilizam. O professor pode fazer perguntas sobre o conteúdo da mensagem, na grafia e grafema, organização do texto, direção da esquerda para a direita, espaço entre as palavras, pontuação, etc. É importante que o professor também escreva histórias pois mostra a funcionalidade da escrita e incentiva as crianças a serem tabém escritoras.
· De perguntar e receber respostas: Instiga as crianças a obterem informação, elaborar compreensão do que é lido, resolver dúvidas e raciocinar sobre escrita.
· De suas próprias ações de escrever: imitar a leitura, produzir sua própria escrita e aprendizagem a partir da leitura e da sua própria escrita. Os docentes devem confrontar a criança com a sua escrita, levá-la a pensar se uma palavra pode-se escrever de duas maneiras diferentes, etc.
· De produzir textos longos: produzir textos que escutaram ou memorizaram e não apenas palavras e listas de palavras.
Esses contextos que os docentes podem exercitar em sala de aula podem fazer da alfabetização uma aprendizagem mais participativa, onde as crianças possam perceber que a leitura e a escrita fazem parte de seu cotidiano e se apropriarem dela com mais sentido.
Agora vamos ver os níves dos processos de alfabetização que as crianças passam:
1) Nível Pré-Silábico - não se busca correspondência com o som; as hipóteses das crianças são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de grafismo. A criança tenta nesse nível:
diferenciar entre desenho e escrita;
utilizar no mínimo duas ou três letras para poder escrever palavras;
reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita;
percebe que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes.

2) Nível Silábico - pode ser dividido entre Silábico e Silábico-Alfabético:
Silábico - a criança compreende que as diferenças na representação escrita está relacionada com o "som" das palavras, o que a leva a sentir a necessidade de usar uma forma de grafia para cada som. Utiliza os símbolos gráficos de forma aleatória, usando apenas consoantes, ora apenas vogais, ora letras inventadas e repetindo-as de acordo com o número de sílabas das palavras.
Silábico-Alfabético - convivem as formas de fazer corresponder os sons às formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou fonética.

3) Nível Alfabético - a criança agora entende que:
a sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores;
a identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que pode gerar as famosas dificuldades ortográficas;
a escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Atividade do dia 28/04

O texto "Processos Iniciais de Leitura e Escrita", já trabalhado em sala de aula, expõe as formas pelas quais a criança começa sua relação como mundo da Escrita e da Leitura. Como foi pedido uma proposta de atividade, e estava em dívida, venho agora postá-la:


Cruzadinha


Objetivos:

· Reconhecer a ortografia das palavras;
· Desenvolver a memorização;
· Perceber os sons da língua.



Reflexão sobre a atividade:

Observando a cruzadinha e refletindo sobre os objetivos apresentados, podemos notar que os mesmos contribuem para o processo de ensino-aprendizagem, de escrita e também no processo cognitivo da criança de forma lúdica e divertida, além de ser uma atividade simples, na qual a esta assimila o conteúdo sem perceber que se trata de uma didática de ensino.